Editorial 08/09/25
Denúncia do MP mostra que caso Hugo Rego não acaba em pizza
A denúncia do Ministério Público contra o ex-comissionado Hugo Rego e sua filha, por crimes de estelionato e falsificação, marca um avanço importante na apuração do que se configura como o maior escândalo de corrupção pública de que se tem notícia em Poços de Caldas até o momento.
A venda ilegal de lotes no Distrito Industrial de Poços de Caldas expõe como o ex-comissionado atuou com desenvoltura entre 2022 e 2024 para conseguir vantagens ilícitas para si sem que até então ninguém tivesse descoberto o esquema.
O andamento deste caso reforça a expectativa de que, desta vez, não haverá "pizza". A ação do MP, embasada em provas robustas, sinaliza que a impunidade não prevalecerá neste caso. É um alívio para a sociedade poços-caldense ver a justiça agindo de forma tão contundente.
Em editorial anterior, o Jornal da Cidade questionou se Hugo Rego e sua filha seriam os únicos envolvidos. A denúncia atual, embora foque nos dois, não encerra o caso.
A própria Polícia Civil, quando anunciou os detalhes do caso, disse que as diligências e investigações iriam continuar, pois havia a possibilidade de outras vítimas terem sido lesadas.
A magnitude dos crimes e o esquema montado sugerem a participação de outras pessoas, mas isto só poderá de fato ser comprovado com o avanço das investigações.
De qualquer forma, a Operação Castelo de Cartas desenvolvida pela Polícia Civil e a denúncia feita pelo MP são mostras concretas de que não pode haver escapatória para corruptos.
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