Editorial 24/06/25

Jun 23, 2025 - 22:05
Editorial 24/06/25

Vitória traz alívio, mas não esconde frustração

O centenário da Caldense em 2025 prometia ser um ano de glória, mas as coisas não saíram da forma como o clube e a torcida esperavam. 

A vitória por 2x0 sobre o Patrocinense, fora de casa, garantiu a permanência no Módulo II, mas deixou a sensação de que a equipe poderia ter conseguido ir além. 

A sensação de alívio por evitar o rebaixamento se mistura à frustração de uma quase classificação. A equi-pe esteve próxima de passar de fase. 

Faltaram dois pontos e dois gols de saldo para superar o Mamoré, que se classificou em terceiro com 13 pontos. 

A classificação não veio porque o desempenho em casa foi o calcanhar de Aquiles do alviverde na competição. 

Empates com pontos preciosos escorrendo pelas mãos impediram um final feliz. Foram três empates em casa: 0x0 com o Patrocinense, 1x1 com o Mamoré e 0x0 com o Uberaba. 

Uma vitória por dois gols de diferença em qualquer uma destas três partidas, por exemplo, colocaria a Caldense na próxima fase. 

O alviverde ainda venceu o VEC em casa por 2x0 e perdeu para a URT por 1x0. E como não se esquecer do empate em 2x2 com o Mamoré fora de casa, quando vencia por 2x0 e tinha um jogador a mais? 

Aliás, foi diante do Mamoré que a Caldense fez os jogos mais memoráveis deste campeonato, haja vista o empate em casa por 1x1 quando o meia Vitor Braga bateu uma falta de antes do meio de campo e surpreendeu o goleiro adversário, em um gol que nem Pelé conseguiu fazer. 

Depois que a competição acaba, é fácil apontar os erros, mas o fato é que algumas escolhas não deram certo. 

A começar pelo técnico Thiago Oliveira, que em sua terceira passagem pelo clube, não conseguiu dar padrão de jogo, mesmo tendo montado o elenco no começo da temporada junto ao diretor Alex Joaquim. 

O elenco, diga-se de passagem, foi montado tendo como peças escolhidas atletas com experiência neste tipo de competição. Infelizmente, não deu certo. 

A equipe marcou nove gols na competição, a frente apenas do Patrocinense, que ironicamente fez sete e mesmo assim se classificou em primeiro lugar, graças a uma defesa eficiente, que sofreu seis gols, dois deles contra a própria Caldense. 

Nem mesmo a troca de treinadores no decorrer do Módulo II serviu para que o desempenho melhorasse. O resultado final, apesar de decepcionar a torcida, evitou um desastre maior, que seria o rebaixamento para a Segunda Divisão (equivalente à Terceira Divisão). 

Como consolo para a Caldense, fica o exemplo de outros clubes, de vários tamanhos, que fracassaram no ano do centenário. 

Seria uma maldição ou apenas uma coincidência por erros de planejamento? Só os deuses do futebol podem responder.

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