Ordem do Dia 31/10/25

Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia

Out 31, 2025 - 11:26
Out 31, 2025 - 12:18
Ordem do Dia 31/10/25

Com a retomada dos testes nucleares pelos EUA, bem como em razão do anúncio triunfal de duas outras novas armas nucleares russas, temos um novo ciclo da corrida armamentista nuclear. 

As retóricas tanto de Putin, quanto de Trump, são reciprocamente ameaçadoras e repercutem mundo afora. 

Lembra discussões imaturas, sobre quem teria o maior membro. Talvez se os respectivos membros funcionassem a contento, estivessem empenhados em outros desafios... 

As novas armas russas seriam um torpedo nuclear, denominado Posseidon, e um míssil supersônico "invencível", segundo Putin. Seriam artefatos nucleares de impossível interceptação. 

Ambos com substantiva capacidade destrutiva imediata, além de ação radioativa incapacitante, de longo prazo. Por quanto tempo? 

O exemplo seria Chernobyl, na Ucrânia: o acidente nuclear ocorreu há 30 anos e a região permanece inabitável até hoje. 

Talvez se passem outras dezenas de anos até que o local esteja livre de radiação. Sua última novidade foi o aparecimento de cães de pelo azul, circulando pela área da antiga usina nuclear de Chernobyl. 

Aqueles que conhecem filmes que descrevem o caos, realidades distópicas, zumbis, ou catástrofes generalizadas, teriam uma amostra do que seria uma guerra nuclear. Indescritível, de fato. 

Houve a divulgação de um livro, "Se não houver paz", de Nigel Calder, publicado em 1968, em plena Guerra Fria. Este colunista leu essa obra nos anos 1970, quando ainda adolescente. 

O centro da questão seriam os ICBMs, mísseis balísticos intercontinentais, que então existiam às centenas. Capazes de destruir o mundo dezenas de vezes. 

E de garantir um "inverno nuclear" que duraria dezenas, talvez centenas, de anos. Então cogitei: seria possível destruir o mundo mais de uma vez? 

E ainda continuar destruindo anos a fio? Da primeira vez já não estaríamos todos mortos? Poisé... Ainda não haveria uma resposta satisfatória para isso.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com 

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