Editorial 03/07/25
Confira o editorial de hoje do Jornal da Cidade

Prefeitura: contas no limite e gestores em xeque
As recentes notícias sobre o rombo de R$ 33 milhões na Secretaria Municipal de Saúde e o acompanhamento das denúncias feitas pela Câmara Municipal junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) acendem um alerta vermelho sobre a saúde financeira e a estabilidade política do município.
Alerta esse que já havia sido dado com o decreto de contenção de gastos, no mês passado, e que agora fica ainda mais escancarado.
Esses dados sinalizam risco iminente de prejuízos diretos à população, que pode ter serviços essenciais afetados por conta da perda de capacidade de investimento por parte da Prefeitura.
É bom lembrar que a atual gestão tem estimado que teve reduzida de 20% a 22% suas previsões de receita para o atual exercício até este momento.
O que antes era falado apenas em conversas de bastidores agora se confirma com um rombo dessa magnitude, considerando apenas a pasta da Saúde.
Sem dúvida, é um golpe duro para quem acreditou no discurso de que não havia problemas e que tudo estava sob controle. Não estava e nunca esteve.
O desafio é gigantesco para a gestão, ainda mais se for considerada a estimativa de que ao término dos quatro anos de governo, a dívida do município chegue a R$ 1,4 bilhão.
Diante de um cenário delicado como esse, não dá mais para ficar escondendo a verdade debaixo do tapete. A movimentação dos vereadores em denunciar os fatos junto ao TCE demonstra a seriedade das acusações e a necessidade urgente de transparência.
Acaba sendo um alento para a população, que nas redes sociais, já não tem escondido a indignação e a falta de paciência com todos os problemas ocorridos na cidade.
As apurações do TCE sobre responsabilidade fiscal e conduta de gestores ainda pode trazer desdobramentos catastróficos.
É o que já se conversa abertamente nos meios políticos sulfurosos. Com o avanço dessas investigações, aqueles que forem considerados responsáveis por irregularidades podem enfrentar sérias consequências, que vão desde sanções administrativas e multas até a inelegibilidade e processos criminais.
É crucial que a Prefeitura passe a atuar com mais transparência sobre esses assuntos, apresentando todos os dados do que e quem causou tamanho estrago nas contas municipais.
A população de Poços de Caldas merece respostas claras e ações efetivas para reverter esse quadro. O momento exige não apenas a responsabilização dos culpados, mas também a implementação de mecanismos de controle mais rigorosos para que rombos como esses não se repitam.
A credibilidade desta gestão, ainda que tente descolar de sua imagem a ligação umbilical com o governo anterior, está em jogo.
Qual é a sua reação?






