Subnotas 04/07/25
Na coluna Subnotas, Daniel Souza Luz fala de política com humor e de humor com política

REPERCUSSÃO
A coluna da semana passada teve ótima repercussão. Provavelmente foi a que mais repercutiu. Talvez por ter tocado num ponto sobre o qual houve pouca ou nenhuma reflexão.
CONTRAPONTOS
Recebi alguns agradecimentos por menções e também alguns retornos, todos positivos. Se houve negativos, não chegaram a mim. Aliás, prefiro assim. Como disse o Ariano Suassuna na palestra dele na Flipoços, por favor falem mal de mim pelas costas. Também dispenso gente desagradável.
IMPORTANTE
Semana passada fui devolver um livro na biblioteca do Sesc e conheci, por acaso, na fila da devolução, o físico Roberto Seabra da Costa. Ele tem desempenhado um pa-pel fundamental na conscientização da sociedade a respeito dos riscos da mineração de terras raras, apresentada como uma panaceia pela prefeitura e pelos interessados neste negócio bilionário.
DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS
Seabra convidou-me, quando nos conhecemos, para que eu fosse num debate na OAB a respeito do tema. Avisei de pronto que não poderia ir, pois daria aula no horário. Ainda bem que não fui, pois uma amiga que estava presente relatou-me que o advogado da mineradora agiu com empáfia e Seabra foi interrompido ao expor seus pontos de vista. Creio que ficaria muito irritado se tivesse testemunhado isso.
DE SACO CHEIO
Seabra, portanto, marcou uma roda de conversa para o dia 15 de julho no Arte Ziriguidum. Sem muita preocupação com o contraditório, pois não teria havido esse cuidado, de fato, pelo outro lado. Nas palavras dele: “Eu estou cheio de eventos onde as mineradoras comandam, falam muito e nossas falas ficam restritas a dois minutos”. Ele destacou também que havia uma claque de desen-volvimentistas e pessoas ligadas às mineradoras nas ocasiões anteriores.
BOMBA
Explodiu o que inevitavelmente explodiria, pois era uma bomba-relógio. A nomeação do ex-prefeito Sérgio Azevedo como diretor-presidente da DME Participações é uma flagrante ilegalidade. Quem afirma não sou eu, mas o Ministério Público. Agora é acompanhar a decisão judicial e os próximos passos da administração municipal. Poderia-se dizer que pagaram caro por terem feito essa aposta arriscada, mas quem a pagou fomos nós que moramos aqui.
* Daniel Souza Luz é jornalista, escritor e revisor. E-mail: danielsouzaluz@gmail.com
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