Editorial 11/06/25
Confira o editorial de hoje do Jornal da Cidade
Criminalidade se combate também com educação
Nos últimos tempos, temos observado uma prática delituosa que tem se tornado comum em Poços de Caldas: o furto de fiação de telefonia e internet.
Agora, temos também presenciado os recentes e recorrentes casos de vandalismo contra as instalações do DMAE, o que representa um grave atentado não apenas ao patrimônio público, mas, principalmente, ao fornecimento de um serviço essencial à população: a água.
Reservatórios e estações elevatórias têm sido alvo de criminosos, que causam prejuízos financeiros e comprometem diretamente o abastecimento de diversos bairros, gerando transtornos e riscos à saúde pública.
É imperativo que medidas mais eficazes sejam tomadas para coibir esses atos. A instalação de câmeras de monitoramento é um começo. No entanto, é preciso ir além.
A integração com as forças de segurança (Polícia Militar e Guarda Municipal) para rondas mais frequentes e uma investigação célere para identificar e punir os responsáveis é fundamental.
Além disso, a colaboração da comunidade é vital. Denúncias anônimas e o senso de vigilância cidadã podem fazer a diferença.
A conscientização sobre a importância do serviço de saneamento e os impactos do vandalismo no cotidiano de todos os munícipes é crucial para que cada cidadão se torne um defensor do patrimônio público.
No entanto, é preciso reconhecer que a raiz do problema é muito mais profunda. Não se trata apenas de um caso de segurança pública, mas de educação, ou melhor, falta dela.
E não apenas da educação relacionada às boas maneiras, mas da educação que forma cidadãos. Não é um problema apenas de Poços de Caldas, mas de todo país.
Políticas públicas que tratem a educação com a seriedade que ela merece vão ser muito mais eficazes para afastar cidadãos da criminalidade do que gastos com segurança pública. Não é uma fórmula exata. Mas é a melhor maneira de evoluir como sociedade.
Como já disse Darcy Ribeiro, "se os governantes não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios".
Qual é a sua reação?
