Ordem do Dia 06/10/25
Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia
Há rumores indicando que a Ordem do Dia tem sido monitorada pelo governo federal.
Prova disso seria a edição de Decreto, equacionando o problema do ensino da matemática, no Brasil. Questão objeto desta coluna, dias antes da publicação do referido Decreto.
Lula seria nosso leitor assíduo, atento às considerações deste colunista... (será mesmo?). Parece improvável, já que o presidente, alhures, declarou não apreciar qualquer tipo de leitura.
Mormente de uma modesta coluna como esta, que não dispõe de ilustrações, fotos ou figurinhas. De modo a facilitar o entendimento presidencial.
Entretanto, o provimento federal alocou verbas para o treinamento de professores de matemática, ainda neste ano. Dada a urgência, e recorrência, do problema.
Segundo o presidente da Fundação Itaú, Eduardo Saron, a disciplina (matemática) deveria se tornar "uma política de Estado".
Estaríamos entre os 20 piores desempenhos, em matemática, no mundo. Apenas 5% dos alunos brasileiros concluem o segundo grau com um conhecimento satisfatório, nessa matéria.
Talvez Lula tivesse se condoído do depoimento aqui expresso, relativo ao terror causado pela implacável Ilza Costa, professora de matemática desalmada.
O fato seria que esta coluna recebeu alguns depoimentos de ex-alunos dessa senhora, relatando seu calvário. Impressionantes. Todavia, onde há trevas também há luz.
Devemos registrar que na mesma cidade havia a professora D. Irene, que também lecionava matemática. Mas diligentemente, de modo bastante diferente da desalmada.
D. Irene era respeitosa com as dificuldades, sempre acolhedora, delicada. Quase uma santa. Chegou a montar, em sua própria residência, uma espécie de "enfermaria", para atender as vítimas do ensino da matemática. Entre essas vítimas, muitos alunos da implacável Ilza.
Este colunista foi um dos beneficiados pelo eficaz "tratamento" ministrado por D. Irene. Se não salvou-me a vida, redimiu as dores da perseguição. Sem propósito, pois os perseguidos não passavam de crianças.
Eis um exemplo, o da D. Irene. Motivo de honra e orgulho do professorado brasileiro, onde este colunista também, modestamente, se insere.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com
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