Ordem do Dia 04/11/25
Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia
O assassinato ocorrido em São Paulo, que vitimou a jovem Beatriz Munhos, na frente de seu pai e de seu namorado, é inqualificável.
Se há algum adjetivo, conceito ou postulado que explique a natureza dessa monstruosidade, que digam. Este colunista desconhece sua dimensão.
E vem colocar em discussão uma certa visão a respeito da criminalidade: de que ela seria resultado das mazelas da sociedade. Nesses termos, o criminoso seria condicionado por suas experiências, culturais e sociais, "traumáticas". Uma vítima das circunstâncias, portanto. Será mesmo?
A primeira questão seria óbvia: qual vivente passa pela sociedade humana sem experimentar traumas, rejeições, desapontamentos, fracassos ou equivalentes? Se a resposta for ninguém, estariam todos autorizados a ignorar regras e abrir caminho à tiros?
Essa interpretação equivocada, que vitimiza a bandidagem, seria resultado do adágio "roussoniano": "o homem é naturalmente bom, a sociedade o corrompe".
Essa é a teoria do "bom selvagem", elaborada a partir do personagem Sexta-feira, do livro "Robinson Cruzoé". Uma obra de ficção infanto-juvenil, que conta a história de um náufrago que conhece um "bom selvagem", chamado Sexta-feira. Isso segundo o próprio Rousseau.
E a esquerda mundial comprou essa bobagem, transformando-a em intrincadas teorias culturais e sociológicas. A típica leitura "pela rama".
No caso desse assassinato, as "vítimas" planejaram e executaram um assalto, cujo resultado foi a covarde execução de uma jovem de 20 anos de idade.
Desde quando semelhantes pessoas podem ser consideradas "naturalmente boas"? Tenham dó.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com
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