Prefeitura propõe subsídio para baixar tarifa de ônibus para R$ 5
O subsídio previsto é de até R$ 15 milhões por período de 12 meses
Poços de Caldas (MG) - A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Mobilidade Urbana e do Departamento de Trânsito e Transportes, protocolou mensagem com projeto de lei que pretende injetar um subsídio de até R$ 15 milhões no sistema de transporte público da cidade por 12 meses.
O valor representa, inicialmente, até 30% do custo anual do sistema, que opera com um custo mínimo médio mensal de R$ 4.250.000,00, totalizando R$ 51 milhões por ano.
Com o subsídio aprovado, a expectativa é que a tarifa fique em R$ 5. Atualmente, a passagem custa R$ 6, embora o custo real do sistema seja estimado em R$ 7.
A Floramar protocolou um pedido de revisão extraordinária da tarifa para R$ 8,20, mas a Prefeitura conseguiu conter o reajuste, evitando impacto direto no bolso dos usuários.
O objetivo da subvenção econômica é reverter a queda no número de passageiros e garantir a sustentabilidade do serviço.
Uma análise técnica da Prefeitura aponta que, embora o total de usuários tenha diminuído de forma mais branda, a média de passageiros equivalentes por mês caiu drasticamente nos últimos anos: de 674.804 em 2022 para 556.547 em 2025.
Estratégias
Com o novo modelo de financiamento, que permite ao município controlar o valor investido sem depender da demanda de passageiros, a Prefeitura pretende adotar estratégias mistas para atrair usuários e melhorar a qualidade do serviço.
Entre as medidas estão inclui aumentar a quilometragem mensal em, no mínimo, oito mil quilômetros. Isso significa mais viagens em horários de menor frequência (como noturnos e domingos) e o aumento do atendimento ao transporte especial.
A linha R115 São Bento Santa Tereza, por exemplo, terá um aumento de 33% no número de viagens mensais.
O subsídio também garantirá o custeio para a adoção do meio passe universitário e a gratuidade para os atiradores do Tiro de Guerra.
As instituições de ensino superior da cidade, como Unifal (1.200 alunos), Anhanguera (2.000 alunos) e IF Sul de Minas (900 alunos), devem absorver a nova demanda. O subsídio também pretende oferecer melhorias no transporte de pessoas com deficiência.
Equilíbrio
O aporte financeiro é visto como essencial para garantir a continuidade da operação com qualidade e o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, complementando a receita da concessionária sem repasse direto aos usuários.
A análise, assinada pelo Diretor do Departamento de Trânsito e Transportes, Douglas Reis Moreira, conclui que o subsídio não só trará melhorias imediatas na operação e modicidade tarifária, mas também pode diminuir o aporte de recursos futuros ao atrair mais passageiros para o sistema.
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