Ordem do Dia 16/05/25
Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia

Em virtude do feriado municipal de São Benedito, não houve a publicação da Ordem do Dia de 14 de maio.
Este colunista, apenas, enviou uma mensagem restrita, sobre Pepe Mujica, a alguns leitores. Entretanto, citações a partir de citações, sugerem retomar o assunto.
Coluna de Rudá Ricci, citando o blogueiro e colunista português, Daniel Oliveira, recolocam o tema já de terceira geração. Mas que diria essencialmente tudo, sobre o falecido Mujica.
Segundo o português, a liberdade alcançada por Mujica, através de sua desconcertante simplicidade, seria invejável. Ao contrário do exibicionismo risível, ostentando por Elon Musk.
Nesses termos, Mujica representaria a mais importante meta da humanidade, a liberdade, aliada à respeitabilidade pessoal.
Enquanto Musk despertaria risos, dado seu comportamento ostensivamente ridículo, além de autoritário.
Estamos a comparar um homem que sofreu algumas das pragas dos infernos, e que vivia numa modesta chácara com seu fusca 1987, com outro que seria o mais rico e um dos mais poderosos do mundo.
Uma comparação aparentemente desproporcional, nos leva a admirar o mais modesto - e desprezar a conduta do suposto maioral. Emblemático.
Disso remanesce que a importância do poder econômico se esgota na arena econômica. Por si só, não vai além.
Por outro lado, a complexidade da existência humana, diversa, múltipla e plena de nuances, apequena a realização puramente material.
Donde vem a questão proposta por Steve Jobs, quando em situação terminal: "não me interessa ser o cara mais rico do cemitério".
Mujica, já falecido, desponta quase como uma unanimidade, em termos de respeitabilidade. Salvo os estúpidos de plantão, não há vozes a condená-lo. Vozes de diferentes espectros, diga-se.
Quando chegar a hora de Elon Musk, o homem mais rico do mundo, o que dirão sobre seu legado? Ultrapassará a seara econômica? Deixará saudades? De quem? Visto que até com os filhos se enrosca?
Certamente, Mujica, enterrado em sua chácara, ao lado de seu animal de estimação, mostra que seu cadáver vale tanto quanto o de seu cachorro. Mas sua memória, seu legado, nos fará pensar. Vai com Deus, Mujica!
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com
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