Ordem do Dia 03/11/25

Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia

Nov 3, 2025 - 13:19
Ordem do Dia 03/11/25

Enquanto direita e esquerda debatem "o sexo dos anjos" em torno da mega operação policial no Rio de Janeiro, com mais de 120 mortos, as tarifas de Trump seguem vigentes. 

Com o acordo bilateral entre EUA e China, reduzindo as tarifas aduaneiras entre ambos, o Brasil tornou-se o país que sofre as mais altas tarifas do mundo. 

O trabalho realizado por Eduardo "bananinha", et caterva, admirado em nível da insanidade, é campeão mundial. Tornou o Brasil o maior prejudicado, no planeta, pela política tarifária de Trump. Eita intriga bem feita. 

Por outro lado, debates teóricos e ideológicos, sobre essa ação policial, foram desacelerados pelas pesquisas. 

Os institutos Atlas, Datafolha e Quaest apontaram uma aprovação majoritária para a ação da polícia. Com destaque para dois números: no Rio de Janeiro, a aprovação seria de 67% para a matança. 

Já nas favelas cariocas, palcos da ação, sobe a aprovação para 87%. A intelectualidade, embasbacada, tenta explicar o fenômeno. Só conseguirão se abandonarem seus preconceitos. 

Quando Lula diz que os traficantes seriam "vitimas" dos usuários de drogas, e depois se retrata (talvez pela primeira vez na vida), expressa uma crença ideológica. 

Motivada, entre outras bobagens, pela romantização do crime. Tolice. Não há nenhum Robin Hood entre narcotraficantes organizados. 

Os "especialistas" em segurança pública, ao tentar explicar a ação do tráfico nas comunidades da periferia, sugeriram um conto de fadas: o crime organizado traria benefícios aos moradores. Balela. 

Esta coluna apurou o "modus operandi" dos traficantes nas favelas. A fonte, que possui extensa parentela nessas comunidades, disse que, atualmente, o tráfico age igual às milícias. 

Explorando os moradores das mais diversas maneiras. Suas "tarifas" seriam mais altas que as de Trump e impostas com extrema violência. 

A explicação para o ódio à polícia, que os moradores expressam publicamente, baseia-se num único fato: assim como os traficantes e milicianos, a polícia violenta a população. 

A alta aprovação dessa emblemática operação, nas favelas, se explica a partir do óbvio: os policiais se abstiveram de matar moradores inocentes. Se concentraram nos bandidos. 

Simples assim. Inimigo do meu inimigo é meu amigo. O resto é conversa fiada.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com 

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