Provedor da Santa Casa denuncia caos e sobrepreço em locação
Marcos de Carvalho Dias revela disparidade de R$ 50 mil por mês em contrato
Poços de Caldas (MG) - O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas, Marcos de Carvalho Dias, detalhou o cenário de "caos" encontrado na rede municipal de saúde no início deste ano após a instituição assumir os atendimentos que eram prestados pela Santa Casa de Salto de Pirapora.
Em entrevista ontem, 9, ao promotor Glaucir Antunes Modesto no programa "Amigo Promotor", na Rádio Estúdio FM, o provedor foi questionado sobre a situação da saúde após a rescisão do contrato com a entidade paulista, em janeiro deste ano, quando a Santa Casa de Poços assinou um convênio com a Prefeitura.
"Nós que estamos dentro do assunto [sabemos que] foi encontrado um caos na saúde de Poços de Caldas naquele momento," afirmou Marcos de Carvalho Dias, lamentando que o cenário de emergência não tenha sido amplamente divulgado. Ele, no entanto, garantiu que a situação atual apresenta uma "melhora muito substancial".
O exemplo do Tomógrafo
Para ilustrar o que classificou como descontrole na gestão anterior, o provedor citou o contrato de locação de um aparelho de tomografia instalado no Hospital de Zona Leste.
O tomógrafo, instalado pela antiga gestora (Santa Casa de Pirapora), foi alugado para a Secretaria Municipal de Saúde por um valor de pouco mais de R$ 80 mil por mês.
Segundo Marcos de Carvalho Dias, após a Santa Casa de Poços assumir, a instituição verificou que o valor de mercado para o aluguel de um equipamento similar era de cerca de R$ 26 mil.
A diferença representa mais de R$ 50 mil por mês entre o valor pago pela Prefeitura e o custo de mercado do equipamento, sugerindo um sobrepreço que onera significativamente os cofres municipais.
O provedor destacou que há "vários e vários exemplos assim" que demonstram a situação crítica encontrada.
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