Ordem do Dia 16/10/25
Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia
Uma das associações mais estranhas, dos últimos tempos, teria sido a escolha da venezuelana Maria Corina ao Nobel da Paz, por indicação de Marco Rubio, Secretário de Estado norte-americano.
Por que será? Trump não teria ambicionado esse prêmio? Por que Rubio não indicou seu chefe, Trump?
A coisa começou a fazer sentido quando a agraciada dedicou seu prêmio a Trump.
Ato contínuo, esta Coluna cogitou a hipótese de que esse seria um movimento destinado a comprometer o regime venezuelano. Destinado a legitimar medidas contrárias a esse regime.
Afinal, Corina seria sua principal opositora, covardemente perseguida pela ditadura de Maduro. Como precedente, e indutor desse raciocínio, tínhamos a presença militar de uma frota dos EUA no mar do Caribe, a reativação de uma base regional norte americana e o envio de modernas aeronaves de combate à região.
Dias atrás, mais dez mil tropas foram deslocadas para o local. E, finalmente, Trump declarou que autorizou operações "secretas" da CIA na Venezuela, a despeito de deixarem de ser secretas com tal declaração.
Admitindo que os EUA estudam realizar "operações terrestres" na Venezuela, supostamente contra o narcotráfico.
Se isso não tem cheiro de preparação para uma invasão, o que teria? Entretanto, as forças até agora mobilizadas seriam insuficientes para uma invasão, ainda que possam realizar algum tipo de bloqueio naval.
Esta Coluna já tratou desse assunto, lembrando que a invasão do Panamá contou com um efetivo de mais de cem mil homens, além de um número estimado de centenas de aeronaves (de todos os tipos) e cerca de 80 navios de apoio.
Uma operação na Venezuela, de efetiva invasão, não seria iniciada com uma mobilização inferior a 500 mil homens. Isso, para começo de conversa.
Logo, ainda estamos na fase de especulações. Ainda que Maduro já esteja tremendo e rangendo os dentes.
Caberia lembrar do "leitmotiv" de tudo isso: estamos diante das maiores reservas de petróleo do mundo, as da Venezuela. Que associadas ao petróleo da Guiana, em especial de Essequibo, torna o local ainda mais apetitoso.
Haveria as reservas do Brasil, localizadas na foz do Amazonas. Também enormes. Estamos diante da maior província petrolífera do planeta. E bem distantes de Sheiks birutas ou de muçulmanos explosivos. Fica mais fácil.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com
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