Ordem do Dia 05/02/25

Certamente estamos passando por um período caótico. Ninguém entende a recorrente queda do dólar. Nem mesmo o espírito de Adam Smith.
"A mão invisível do mercado", instrumento quase metafísico de equalização econômica, não seria apenas invisível. Teria tirado férias. Os analistas batem cabeça: não há consenso nesse tema.
Tanto o dólar quanto o ouro seriam refúgios contra o caos. O caos instalou-se e o dólar caiu. Trump disse que vai "tomar conta de Gaza", agride a todos, chantageia o mundo e fica tudo bem.
Como se não bastasse, Milei, contra todas as previsões, colhe frutos de uma política econômica criticada pelos mais sábios economistas.
Quem seria o sábio agora? Os juros reais no Brasil ultrapassaram os juros reais argentinos. Isso, sob Galípolo, o "menino de ouro" de Lula.
Não podem mais culpar Roberto Campos Neto. E agora, José? Esta coluna, há poucos dias, sugeriu afastar os economistas do comando da política cambial, nomeando psicólogos, terapeutas e psiquiatras para tanto.
E nada de Banco Central. Algum hospício assumiria o papel de autoridade monetária. O mesmo deveria ser aplicado na política, em geral. Com uma alternativa circence, por suposto.
Não apenas os comportamentos e as pesquisas estariam descalibrados. O senso moral, os valores e a razoabilidade também. O novo guru seria Raul Seixas: "tá todo mundo louco, oba!"
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com
Qual é a sua reação?






