Ordem do Dia 29/04/25
Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia

Pesquisas divulgadas pelo The New York Times e Washington Post, entre outras mídias, informam números curiosos.
De modo geral, a maioria da população dos EUA tem rejeitado o governo Trump e suas principais políticas. Ele seria o presidente mais rejeitado dos últimos 80 anos, no início do governo.
No Brasil não seria diferente: a maioria dos brasileiros julga as ações de Trump prejudiciais aos interesses nacionais.
Considerando reações canadenses, mexicanas, europeias, chinesas, coreanas, entre outras, Trump incomoda geral.
Ele decidiu perseguir universidades e imigrantes, deportou estudantes legais, cancelou milhares de vistos regulares e até mandou prender uma juíza federal.
O FBI, responsável pela prisão da juíza, se encontraria politizado. Mal sinal. A Gestapo, nazista, tinha uma abordagem semelhante.
Sem falar nas tarifas amalucadas, da nova exigência de navios dos EUA transitarem, sem custos, pelos canais de Suez e do Panamá e em sua intransigente defesa de Netanyahu, um assassino compulsivo.
Em sua última entrevista, Trump declarou que "manda nos EUA e no mundo". Será?
Pelo menos, no Canadá, seu "domínio" deu errado: derrotou seus aliados, nas mais recentes eleições daquele país. Que Trump insiste em "anexar".
O que nos leva ao próximo número divulgado pelo jornal americano: 66% dos entrevistados, dos EUA, consideram seu governo "caótico". Entretanto, simultaneamente, 42% julgam esse mesmo governo "animador".
Donde conclui-se: cerca de 8% da população americana se anima com o caos. Seria a entropia politicamente orientada. Preocupante.
Seriam milhões de "barraqueiros" desorientados, soltos no território norte-americano, amantes da devastação. Muitos devem estar no governo Trump.
Os que se alimentam de desgraças são seres problemáticos, que obtém prazer através do sofrimento.
Se esse tipo de perversão é característica de todo um conjunto de políticas públicas, temos um problema.
E se isso vem do país mais poderoso do mundo, temos um problema mundial. Eis o busílis.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com
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