Ordem do Dia 24/03/25
Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia

Há quem acredite que Winston Churchill teria sido o personagem histórico mais importante do século XX.
E há britânicos que dizem que Churchill foi o inglês mais decisivo da história da Inglaterra.
Jonathan Teplitzky, diretor australiano, assim apresentou Churchill em um filme sobre esse homem, estrelado por Brian Cox. Não é pouco. A pergunta que se segue parece óbvia: por que?
Seriam muitas as possibilidades de respostas, cada uma correspondendo a diferentes análises.
Entretanto, uma das respostas parece inarredável: Churchill anteveu, enfrentou e derrotou a ameaça representada por Hitler, salvando o Ocidente de sua Nêmesis.
Hoje temos uma ameaça semelhante, mas vinda de diferentes direções. E não há nenhum Churchill disponível.
Ações violentas contra os valores ocidentais, contra a democracia, os princípios republicanos e o Estado de Direito, se apresentam no seio do próprio Ocidente. Capitaneadas pelo país mais forte do mundo: os EUA.
Se não temos Churchill, temos sua lição. Sua obra de cabeceira era de autoria do historiador Edward Gibbon, "Declínio e queda do Império Romano", em seis volumes.
O que nos mostra Gibbon? Que a derrota dos valores republicanos, na Roma antiga, proporcionou a ascensão ao poder de birutas de todo tipo.
Sucedidos pela Idade Média, o resultado da queda de Roma. Representando uma decadência, sem precedentes, na então civilização ocidental.
Os ingredientes estão aí para todos verem. Só falta a estupidez acabar de assar o bolo. As possíveis consequências são conhecidas. Só que parecem ainda piores, que no passado.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com
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