Ordem do Dia 23/01/25
Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia

Márcio Pochman, presidente do IBGE, foi rejeitado desde sua posse no órgão. Considerado uma espécie de "avis rara", com um histórico de extravagâncias ideológicas, foi indicado para apaziguar os setores mais atrasados da esquerda petista.
Mas em termos de extravagâncias, viu-se superado por outros setores do governo, pela Gleisi Hoffman, pelos muitos delírios internacionais do presidente e pela política econômica irracional, sob diferentes aspectos. Seriam muitos os episódios que eclipsaram as birutices de Pochman.
Mas, assim como no vetusto desenho animado, surge, em grande estilo, "Tom sem freio" (uhhh!). Ao estilo contabilidade criativa, se propôs a criar um "IBGE paralelo". Pirou geral. Sem qualquer noção política, jurídica ou administrativa.
A rigor, a criação de uma instituição da administração pública federal exige lei específica, bem como previsão orçamentária. Salvo se for uma iniciativa privada. Mas usando o nome do IBGE? Não faz sentido. Além de ser irregular.
Totalmente "sem freio" e fora do tom. Como se não bastasse, além da demissão em peso da diretoria do IBGE, em protesto à administração Pochman, gerentes e coordenadores do órgão publicaram carta-denúncia contra o homem. Sujou geral.
Talvez um sujeito com esse perfil fosse muito bem vindo na Venezuela, na Nicarágua, em Cuba, ou mesmo junto ao gordinho biruta da Coreia do Norte. Mas não em países onde se observa a lei.
Nesse caso, o risco seria ser engajado no Exército norte-coreano e ir parar na guerra da Ucrânia.
Pelo menos, poderia delirar mais próximo da terra dos bolcheviques, os supostos heróis de Pochman...
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com
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