Prefeito enfrenta protesto durante abertura dos trabalhos legislativos na Câmara
Ex-funcionários da Santa Casa de Salto de Pirapora reclamaram sobre atrasos nos repasses da Prefeitura à entidade
A abertura dos trabalhos legislativos na Câmara Municipal, ontem à tarde, 4, foi marcada pelo protesto de ex-funcionários contratados pela Santa Casa de Salto de Pirapora (Santa Casa Paulista) contra o prefeito Paulo Ney (PSDB), que estava no local para fazer o discurso de apresentação das metas de sua gestão.
Os trabalhadores cobraram o pagamento do salário de janeiro, além de rescisões e multas trabalhistas.
Na sexta-feira, 31, o prefeito anunciou o depósito bancário no valor de R$ 1,188 milhão na conta da Santa Casa de Salto de Pirapora para saldar os valores de pagamentos dos funcionários regime CLT contratados pela empresa referentes ao mês de dezembro de 2024 e alguns dias de janeiro deste ano.
No entanto, valores rescisórios e das multas trabalhistas e o pagamento de outros prestadores de serviço ainda não foram realizados. A Prefeitura alega que os encargos são de responsabilidade da entidade, segundo consta no convênio.
Durante a sessão, os profissionais protestaram em silêncio enquanto o prefeito discursava. A manifestação foi uma forma de demonstrar indignação pela falta de pagamento.
Para os ex-funcionários, o pagamento de todo o valor devido é fundamental para que eles possam dar sequência no seguro-desemprego até conseguirem novas ocupações. Eles alegam que ficaram um mês e 17 dias sem pagamento, além de não receberem também o vale-alimentação.
No discurso na Câmara, o prefeito Paulo Ney declarou que todos os valores devidos serão pagos, mas não determinou uma data específica.
“Vocês estão ouvindo da boca do prefeito. Nenhum prestador de serviços ficará sem receber. Todas as contas devidamente prestadas dentro da legalidade serão pagas, assim como fizemos com os contratados em carteira assinada pela prestadora de serviço”, declarou.
O convênio
O convênio envolvia 220 funcionários contratados em regime CLT, entre técnicos de enfermagem, nutricionistas e técnicos de manutenção, além de 250 médicos cadastrados como pessoa jurídica.
Segundo Marcelo Munhoz da Silva, diretor da Santa Casa de Salto de Pirapora, a dívida da Prefeitura com a empresa pode chegar a R$ 12 milhões. O valor mensal é de R$ 5,9 milhões e somando aditivos, chega-se a esse valor estimado.
Com o rompimento com a Santa Casa de Salto de Pirapora, a Prefeitura assinou um convênio emergencial com a Irmandade da Santa Casa de Poços de Caldas, pelo período de seis meses e custo de R$ 5,92 milhões.
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