Ordem do Dia 11/04/25

O bilionário Elon Musk classificou Peter Navarro, conselheiro de Trump, de ser "burro". "Mais burro que um saco de tijolos". 

O que pode parecer falta de inteligência, muitas vezes, pode ser excesso de convicção. Com resultados catastróficos. 

Daí que a proverbial teimosia, ou simples cegueira diante dos fatos, se parece com "burrice". Inclusive, dizem que o burro seria teimoso. 

O caso do depurado Glauber Braga, do PSOL, seria um pouco parecido. Motivado por excesso de convicção ideológica, deu "coices" em um militante do MBL (Movimento Brasil Livre). Uma organização liberal. Anterior ao movimento bolsominion. 

Braga expulsou, aos "coices", tal como um burro, o militante do MBL da Câmara Federal. Uma atitude indesculpável, covarde, etc. 

O Conselho de Ética da Câmara Federal, por expressiva maioria de votos, decidiu pela cassação do deputado Braga, em virtude de ofensa ao decoro parlamentar. O Plenário dará a palavra final. 

Entretanto, não seria a lamentável atitude do deputado que o aproxima dos usos e costumes dos muares, e quadrúpedes com cascos, em geral. Seria sua linha de defesa. Um desastre. 

Em primeiro lugar, acusou o presidente da Comissão de Ética, seu desafeto, de perseguição. Segundo Braga, esse homem "já teria dado um chute num jornalista. E nada teria acontecido". 

E daí? O chute dado por terceiros não elide o próprio chute. Ou, um erro não justifica o outro. Ou ainda: dois erros não fazem um acerto. 

Essa defesa seria tão lamentável quanto o chute dado no rapaz. Além disso, ainda segundo o Braga, ele também estaria  sendo perseguido pelos deputados envolvidos com emendas secretas, pois os teria denunciado. 

Além de não ser uma defesa plausível para as acusações que lhe pesam, o Braga foi bulir com a máfia das emendas secretas. Danou-se. 

Nesse ritmo, Braga será escalado para a próxima "malhação do Judas". Fazendo o papel de Judas. 
Além de cassado, poderá ser espancado, vilipendiado,  pisoteado, etc. 

Na sessão, da Comissão de Ética, em que foi decidida a  cassação de Braga, por alguma razão compareceu o ator Marco Nanini. 

Que atuou, entre outras, na peça de muito sucesso, "O mistério de Irma Vap", juntamente com Ney Latorraca (11 anos em cartaz). 

Nem Irma, nem Vap, nem Nanini, disseram nada em defesa de Braga. E a presença de Nanini, na sessão, permaneceu um mistério... Pelo menos não ficará 11 anos em cartaz. 

Pelo visto, não seria burro esse homem, prestes a ser cassado. Há quem diga que se comporta como  uma besta,  mesmo. De grande envergadura.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito Administrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: marcoandere.priusgestao@gmail.com