Greve dos caminhoneiros gera corrida aos postos

Longas filas têm se formado em postos de Poços desde o início dos protestos

A greve dos caminhoneiros que começou ontem, 8, em vários Estados, chegou a Poços de Caldas. No começo da noite de quarta-feira, caminhoneiros interromperam o fluxo de veículos no Marco Divisório.

Caminhões ficaram impedidos de entrar na cidade. Os manifestantes colocaram pneus na via e atearam fogo neles. A possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros levou muitas pessoas a uma corrida aos postos de combustíveis na noite de ontem. Longas filas se formaram em muitos deles, haja vista o risco de desabastecimento, como ocorreu em maio de 2018. ]

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Hoje pela manhã, 9, também se verificou muitas filas em postos de combustíveis. Há relatos de que alguns postos na Zona Leste já estão sem gasolina.

No Marco Divisório, a paralisação segue com bloqueio de passagem de caminhões, mas passagem liberada para carros de passeio. Mais de 85 caminhões estão parados no Marco Divisório (MGC-267).

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), no trecho da delegacia local (BR 146 e 459), não há pontos de manifestação.

Em nota, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) manifestou “total repúdio” às paralisações organizadas por caminhoneiros, no ato que teria sido organizado por influência de supostos líderes da categoria.

“Trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos”, explicou a entidade.

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A Polícia Rodoviária Federal registrou mais de 170 pontos de concentração de manifestações e 53 pontos de bloqueio em rodovias federais, com destaque para o Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grasso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

Em áudios que circulam pelo WhatsApp, pessoas pedem o apoio da população de Poços aos manifestantes para levarem mantimentos e apoio logístico durante o protesto, que é de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).