IMA publica portaria com ações preventivas contra Gripe do Frango

A partir de 1º de março de 2016, as granjas que não estiverem registradas ou com funcionamento autorizado de acordo com a portaria estarão proibidas de alojar aves

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) publicou na terça-feira, 15, no Diário Oficial do Estado, portaria estabelecendo prazo para o registro das granjas de frango e peru de corte e de galinha de postura.

Também está previsto que estabelecimentos de criação de outras aves como codorna e faisão, destinadas à produção de carne e ovos para consumo humano também precisam fazer o registro.

A partir de 1º de março de 2016, as granjas que não estiverem registradas ou com funcionamento autorizado de acordo com a portaria estarão proibidas de alojar aves, sujeitando-se às sanções previstas em lei. Para auxiliar os produtores na adequação e registro desses estabelecimentos, o IMA produziu uma cartilha, intitulada “Registro de Granjas Avícolas Comerciais”, disponível para consulta gratuita no site da instituição, no site do IMA.

A edição da portaria e da cartilha de apoio aos produtores faz parte do esforço do IMA, junto com as entidades representativas da cadeia produtiva da avicultura, para que as granjas venham a adotar ações preventivas à influenza aviária (gripe do frango), uma vez que existe o risco da entrada desse vírus no Brasil.

A preocupação com a influenza aviária se justifica porque além de ser uma doença que provoca alta mortalidade em aves, causando prejuízos financeiros para o produtor e para o consumidor, que perde o acesso aos produtos (carne e ovos), é também uma grave zoonose, o que significa que pode ser transmitida para o homem. A ocorrência da doença em determinada região fecha o respectivo mercado para exportação.

Minas Gerais é um importante polo de avicultura, com cerca de 2,4 mil granjas. De acordo com informações da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) a produção mineira de ovos de consumo em 2014 foi de 341 milhões de dúzias, o que confere a Minas o segundo lugar em produção nacional.

O Estado possui o quinto maior plantel nacional de aves de corte, com 104,4 milhões de cabeças, de acordo com dados de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O registro dos estabelecimentos avícolas junto ao IMA implica na adoção, pelas granjas, de medidas de biosseguridade para a prevenção contra o vírus.

Entre as medidas está a instalação de telas anti-pássaros nos galpões de criação; cercas que impeçam a entrada de outros animais no núcleo de criação; restrição e controle da entrada de pessoas alheias ao processo de produção; desinfecção de veículos na entrada e saída dos estabelecimentos, assim como controle do trânsito destes veículos e o uso de roupas limpas pelos funcionários.