Sindserv é contra a concessão do Serviço Funerário

Serviço Funerário Municipal de Poços de Caldas atende 24 horas por dia, todos os dias da semana

O Serviço Funerário Municipal de Poços de Caldas atende 24 horas por dia, todos os dias da semana, através de 17 funcionários que atuam na unidade.

Contudo, a proposta do Executivo para que o serviço seja terceirizado gerou muita preocupação aos profissionais, que poderão ser realocados, com exceção dos agentes funerários, que são servidores de carreira concursados e não teriam outro lugar para exercer as atividades. O futuro deles, entretanto, ninguém sabe, caso realmente haja terceirização do serviço.

Diante de tanta preocupação, servidores da unidade estiveram reunidos com a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv), na quinta-feira, 18. Na oportunidade, relataram diversas situações que estão enfrentando.

Em 2015, foi instaurada uma sindicância para apurar denúncias de desvio de dinheiro do caixa da Funerária. Tal fato acabou por fragilizar a confiança em todos os servidores do setor, o que não se justifica, pois, o processo para investigar a denúncia ainda não foi concluído e não se refere a todos os servidores. Ocorre que, no final de outubro, o Executivo enviou ao Legislativo projeto que pretende terceirizar as atividades da Funerária através de concessão de 20 anos, podendo ser prorrogados por mais 20.

De acordo com o projeto, uma única empresa ficaria responsável pelos serviços, a exemplo do que ocorre atualmente com o transporte público do município. De acordo com a presidente do Sindicato, Marieta Carneiro, além de constrangidos, os servidores estão se sentindo ameaçados.

Segundo Marieta, a diretoria do Sindserv buscará informações junto ao secretário de Serviços Públicos, José Muniz Alves (PT), a fim de encontrar uma solução para que os servidores não sejam penalizados por uma situação que não é de responsabilidade dos mesmos.

“Somos contra a terceirização (concessão) dos serviços públicos, principalmente, quando fica claro que quem pagará o prejuízo será a população. Temos exemplos muito evidentes no nosso município”, completa Marieta.