Cerca de 700 pessoas protestam pelo Piso do Magistério

Professores saíram às ruas em protesto pelo descumprimento do Piso do Magistério

Profissionais da Educação que atuam nas redes municipal e estadual de ensino saíram às ruas na tarde de ontem para protestar contra o não cumprimento da lei federal 11.738/2008 (Piso do Magistério).

A legislação estipula piso salarial e garante 1/3 da jornada extraclasse, o que não está acontecendo. A concentração aconteceu em frente ao Espaço Cultural da Urca e centenas de pessoas percorreram ruas centrais, com palavras de ordem para sensibilizar a população sobre a importância do poder público passar a cumprir os direitos da categoria.

A Polícia Militar estima que cerca de 700 pessoas participaram da passeata. Com cartazes e apitos, a passeata fez barulho e conseguiu chamar a atenção. O grupo protestou em frente à 31ª Superintendência Regional de Ensino (SRE), na rua Marechal Deodoro, e em frente à Prefeitura de Poços de Caldas.

O prefeito Eloísio do Carmo Lourenço (PT) e a secretária de Educação, Maria Cláudia Prézia (PT), receberam uma comissão de professores no gabinete. Ficou acertada uma nova reunião nesta segunda-feira, 21, às 18h, na Urca, para voltar a tratar o tema.

Na Prefeitura, os professores ainda apresentaram demandas como reposição das horas paralisadas nesta semana e melhorias na merenda escolar. No primeiro caso, Eloísio disse que ainda não é possível definir esta questão pois não se sabe ao certo quantos servidores participaram do movimento. No caso da merenda, o prefeito sinalizou com a volta de frutas e saladas, que haviam sido retiradas.

PARALISAÇÃO
Desde terça-feira, 15, professores paralisaram as atividades, após decisão em assembleia realizada na semana passada. Durante o período, a categoria se reuniu em assembleias, palestras e extensa discussão sobre o atual cenário da Educação no país. “O município paga valor proporcional a 20 horas trabalhadas.

Com a virada do ano e aumento do piso salarial, os professores de Poços não estão recebendo nem a proporcionalidade mais. Por isso e muitos outros motivos, consideramos a greve legítima, e não abusiva, como vem sendo declarada pelo administração”, disse a presidente em exercício do Sindicato dos Servidores Públicos (Sindserv), Fabiana Gimenes. A organização estima que 90% dos professores tenham paralisado as atividades.