Presidente da Caldense faz balanço de 2020

Rovilson Ribeiro inicia em janeiro o seu segundo mandato no comando do clube


O presidente da Caldense, Rovilson Ribeiro, concedeu entrevista onde faz um balanço de 2020, ano em que foi reeleito para um segundo mandato no comando do clube (2021-2022) mais tradicional de Poços de Caldas.

Acompanhe a seguir os principais trechos da entrevista do presidente.

Quais as principais melhorias realizadas na sua gestão?
Rovilson –
Participo da diretoria executiva desde 2017, inicialmente como vice-presidente. Na época enfrentamos várias dificuldades de ordem financeira, mas fomos trabalhando e sanando tudo até gradativamente ir recuperando a sede social com vários investimentos. Quando assumi a presidência em 2019, dei sequência no planejamento que havia sido traçado. Depois enfrentamos um período difícil de pandemia, reduzimos de forma gradativa as mensalidades, mas ainda assim conseguimos concluir a obra de ampliação da academia, que já está toda paga. E ainda trocamos o piso do hall de entrada e a fizemos a reforma do Café Galeria.

O que você feito de diferente em termos de planejamento financeiro para que em um curto período de tempo fossem feitas tantas melhorias?
Rovilson –
Quando se fala em fazer planejamento financeiro é comum que se pense só no dinheiro. Mas não acredito que seja só isso. O planejamento vem da organização de todos os setores para conseguir economia de recursos a serem realocados. É importante registrar que todas as melhorias que foram feitas desde 2017 foram com recursos provenientes das taxa de manutenção. E nesse período de pandemia, tivemos uma redução nas mensalidades que nos gerou uma diminuição próxima a R$ 2 milhões de arrecadação. E ainda assim conseguimos fazer todas as reformas, com tudo pago, mantendo o quadro de funcionários trabalhando.

De que forma você analisa os resultados do futebol profissional?
Rovilson –
Passamos por uma transformação no futebol. Na Série D de 2019 fechamos uma parceria com um grupo de empresários do interior de São Paulo e fomos muito bem, a melhor campanha entre 68 times do Brasil na primeira fase. Depois não conseguimos superar o Ituano por alguns erros de arbitragem. No Campeonato Mineiro 20-20, tivemos um bom desempenho no estadual. Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, conseguimos a quarta colocação, uma vaga para a Copa do Brasil e garantimos vaga para a Série D de 2021. Depois disputamos a Série D 2020, essa participação não foi legal. Perdemos jogadores importantes do elenco, que receberam propostas melhores de outras equipes e tivemos que remontar o time durante a competição. Perdemos jogos de maneira desastrosa. Mas fomos nos recuperamos, porém não conseguimos a classificação.

Quando a parceria foi estabelecida a intenção era diminuir o custo do futebol e ainda assim ter um time competitivo e bons resultados em campo. Na prática de quanto foi a economia?
Rovilson –
A parceria nos trouxe economias na parte salarial e também em outras questões administrativas internas. Hoje gastamos cerca de 35-40% a menos do que gastávamos anteriormente e além disso estamos mantendo uma base da equipe, para dar continuidade ao trabalho.

Alguns sócios questionam que os bares/lanchonetes do clube dão prejuízo. Qual a explicação?
Rovilson –
O bar é apenas mais um setor do clube. Não podemos analisar os setores individualmente, mas sim o clube como um todo. Se formos analisar assim a academia dá prejuízo, as saunas dão prejuízos. A função do nosso bar é diferente da função dos demais bares da cidade. Ele não visa lucro. A gente tem que oferecer bebidas e porções de qualidade a preços acessíveis, como uma prestação de serviço aos associados. Os produtos são quase que a preço de custo, com uma margem de lucro muito pequena.

Qual a responsabilidade de dirigir um clube tão importante como a Caldense e o que vai levar de experiência para seu segundo mandato, já que foi reeleito?
Rovilson –
Sou associado desde antes de nascer, meu pai já tinha título da Caldense. Frequentei o clube na adolescência e juventude. Fui estudar fora e depois quando voltei comprei um título e participei de alguns conselhos, mas a vivência do dia a dia eu não tinha. Quando se está de fora, a visão é deturpada de como é o procedimento. Quando assumi como vice e acompanhei de perto, aprendi como é o trabalho do presidente do clube. Foi como um estágio pa-ra depois ter condições de assumir em 2019.

Quais são seus objetivos, projetos e sonhos para a Caldense até o final do seu mandato, em dezembro de 2022?
Rovilson –
No social a meta é dar sequência às melhorias no clube. Pretendemos implantar energia fotovoltaica, que irá proporcionar muitos benefícios. Porém é um investimento alto e temos que fazer com muita calma. Queremos fazer um novo bar na piscina, colocar novos equipamentos na academia e muitas outras coisas. No futebol queremos manter o time em um bom nível no Campeonato Mineiro, sempre conquistar vaga para a Copa de Brasil e avançar o máximo possível, pois entra uma boa receita. E levar o time à Série C. Algo importante também é que estamos nos organizando para implantar uma categoria de base Sub-20. Esperamos conseguir colocar em prática já em 2021.