Pautando 04/08/2021

Na coluna Pautando, leia o que acontece de mais importante nos bastidores políticos de Poços de Caldas.

MOÇÕES
Ontem, 3, a atual Legislatura completou 103 moções desde fevereiro, quando começaram os trabalhos legislativos. As cinco moções apresentadas na sessão ordinária de ontem consumiram praticamente todo o tempo do expediente. Foram quase três horas de muitas discussões e clima quente entre os vereadores de situação e oposição. É a fato que as moções são instrumentos legislativos importantes para que a Câmara Municipal possa se posicionar perante a sociedade, mas o problema é que elas têm sido banalizada como nunca antes se viu, dada a quantidade excessiva e aos temas nem sempre afeitos aos interesses do município.

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MALABARISMO
Mesmo diante de assuntos importantes, alguns vereadores têm feito verdadeiros malabarismos retóricos para votarem contrários às moções, quase sempre invocando a motivação política dos temas, quando na verdade, o que eles próprio fazem é votar de acordo com suas convicções e conveniências políticas. É o negacionismo da política dentro do lugar mais indicado para se fazer política.

INCÔMODO
Alguns vereadores também estão muito incomodados por votarem contrários às moções e logo em seguida serem bombardeados de críticas nas redes sociais, como se esquecessem que as sessões são públicas e transmitidas pela internet. Pelo discurso apresentado, se pudesse, esses vereadores que mais se incomodam certamente não se incomodariam se as sessões não fossem públicas, afinal, parece que a democracia para eles só é boa quando não há questionamentos.

CLIMA TENSA
O clima de tensão chegou a tal ponto na sessão de ontem que o vereador Tiago Braz (Rede) subiu o tom ao reclamar dos colegas e ignorando os apelos do presidente Marcelo Heitor (PSC), continuou falando sem parar, chegando a usar palavras de baixo calão, até que seu microfone fosse cortado, o que não o impediu de continuar o seu discurso. Uma coisa é fato: não dá mais para se gastar três horas de uma sessão ordinária para discutir temas que ainda que sejam relevantes, trazem poucos efeitos práticos à população.