O neoliberalismo vem forte

O professor, escritor e jornalista Hugo Pontes escreve sobre o Neoliberalismo nos dias atuais.

Perguntamos, sempre, a nós mesmos, o que é Neoliberalismo. E vamos à busca de respostas. O Neoliberalismo é a corrente de pensamento que fundamenta e dá diretrizes para as decisões políticas dos governos na América Latina, na Europa, nos Estados Unidos e nos países que, antes da queda do muro de Berlim, formavam a União Soviética.

Esta é a razão por que se diz que as políticas neoliberais são as principais responsáveis pelo empobrecimento geral e pela exclusão dos mais necessitados. Para deixar tudo mais claro podemos decompor a palavra e explicar que Neo significa Novo e Liberalismo é a ideologia que justifica e defende os princípios do capitalismo, com base na propriedade privada e na liberdade de empresa.

Isso significa que o Estado – que representa o poder político – não pode interferir na economia. Significa a liberdade de pensamento e o individualismo. Essa ideologia vem do fundamento do Liberalismo que é o pensamento social e econômico que surgiu na Europa no final do século 19 e que criou raízes e expandiu o capitalismo pelo mundo.

Entretanto, no ano de 1973 o chamado 1º Mundo, caiu numa profunda recessão que durou um bom tempo, fazendo com que os capitalistas fossem buscar ajuda nas teorias do liberalismo, através dos seus representantes mais expressivos Milton Friedmann, Von Kayek e a Escola de Chicago.

Na atualidade, o Neoliberalismo interpreta a crise pela qual o mundo passa, como o resultado da excessiva presença do Estado na economia, além do forte poder dos sindicatos. Com isso o que se pretende é que a estabilidade monetária seja a meta principal de qualquer governo (municipal, estadual e federal).

Para tanto é preciso que haja contenção dos gastos públicos e o enfraquecimento dos sindicatos. E o que se pode depreender disso tudo, no que toca o fortalecimento da ordem capitalista?

Em primeiro lugar uma forte privatização dos bens do Estado e a liberalização da economia; em segundo, o desaparecimento dos programas sociais, tais como: a seguridade social (fim do INSS?), leis do salário mínimo, flexibilização das leis trabalhistas (contrato de trabalho sem carteira assinada?), enfraquecimento das leis que favorecem os sindicatos, fim do controle de preços sobre os produtos da cesta básica, imposto sobre importações, subsídios e outros.

Isso posto, pode-se deduzir que a proposta é a de impor à população sacrifícios para que o capital possa respirar melhor e comodamente.

Isso significa, sem a menor sombra de dúvida, o aumento da pobreza do povo brasileiro para que a riqueza continue concentrada nas mãos de poucos.

* Hugo Pontes é professor, poeta e jornalista. E-mail: hugopontes@pocos-net.com.br


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