A Cidade Que Engole Rios simula passagem de córrego no Centro

Intervenção marca primeiro ano do alagamento que provocou estragos em Poços

O grupo A Cidade Que Engole Rios realizou na tarde de ontem, 19, em pontos da área central, uma intervenção artística como forma de lembrar à população da existência dos rios que passam pela área central da cidade.

A data simbólica remete ao dia em que se completou um ano da enchente que inundou o Centro de Poços de Caldas. A ação teve início em uma porta na rua Junqueiras, que impede o acesso ao Córrego Vai e Volta.

Dessa porta, localizada próximo ao nº 628, é possível ver o rio, que passa subterraneamente pelo Centro até aflorar novamente na praça Pedro Sanches. Na atividade, foi estendido um pano verde no meio da rua, para simbolizar a passagem do córrego Vai e Volta. Também foram espalhadas fitas azuis e colado um lambe-lambe na entrada do imóvel, com a frase “Aqui vive um rio”.

A intervenção tem a intenção de discutir o que Poços de Caldas tem feito com os rios que lhe deram origem e pensar em novas formas de desenho urbano que valorizem e resgatem esses rios, tornando-os parte da paisagem e da vida da cidade. Para o grupo, a população, empresários e poder público vêm, sistematicamente, desprezando as águas e rios da região.

O QUE É
O Grupo A Cidade Que Engole Rios é formado por arquitetos, urbanistas, ambientalistas, educadores, artistas e outros profissionais que se uniram com o objetivo de discutir os rumos urbanísticos da cidade após a enchente de janeiro de 2016.