Especialista esclarece dúvidas sobre remoção de tatuagem

Ao longo das décadas, a indústria global de tatuagem vem superando preconceitos e desafios – e desde a eclosão da pandemia de Covid-19 não foi diferente.

Prova disso, o mercado cresceu 23.2% em 2021 e superou a taxa prevista para bens de consumo e serviços em um período de recuperação para diversos setores, como mostra um balanço divulgado pela IBIS World.

No Brasil, o mercado foi além e excedeu o resultado global, com uma expansão anual de 25%, conforme dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Paralelamente, a análise DataSebrae indica que há 22.568 estúdios de tatuagem e colocação de piercing no país.

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Diante desses números, o Brasil chegou ao nono lugar entre as nações com o maior número de pessoas tatuadas, conforme publicado pelo Mundo do Marketing.

“Para uma parcela expressiva desse público, porém, a tatuagem se tornou um problema, o que trouxe à tona o mercado de remoção das tattoos”, afirma o Dr. Giancarlo Pincelli, biomédico esteta, mestrando de biofotônica e empresário à frente da Hell Tattoo – empresa que atua com remoção de tatuagens e de micropigmentação em Franco da Rocha (SP).

Com efeito, segundo uma pesquisa realizada pelo Hospital Royal Blackburns, da Inglaterra, e divulgada pelo R7, uma em cada três pessoas se arrepende de uma tatuagem. Neste ponto, Pincelli destaca que novas tecnologias têm impactado de forma positiva o mercado e trazido a solução para os consumidores que buscam se livrar de “marcas do passado”.

Ele conta que uma das técnicas mais indicadas para a remoção de tatuagens é a terapia a laser de picossegundos e associação de múltiplas tecnologias do gênero.

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“Cada cor absorve melhor uma tecnologia de laser. Portanto, uma tatuagem com múltiplas cores requer diversas tecnologias – que devem ser associadas na mesma sessão para otimizar resultados e chegar a um desfecho satisfatório ao decorrer do tratamento”.

O especialista afirma que hoje, com os lasers de picossegundos, “Q-switcheds” e lasers ablativos, é possível entregar resultados que vão muito além da expectativa dos pacientes.

“Graças às novas tecnologias de laser, já é possível remover tatuagens com pigmentos de alta complexidade. Uma opção é utilizar o laser PicoSure, Spectra XT e lasers fracionados ablativos, que são o que existe de melhor e mais moderno que a tecnologia pode oferecer”, disse.

Apesar disso, prossegue Pincelli, cada cor absorve melhor um determinado comprimento de onda do laser e, por isso, é necessário ter diversos equipamentos na mesma estrutura para remover pigmentos de alta complexidade, como o caso dos pigmentos laranja e amarelo, além de cores tom de pele.

De acordo com o biomédico esteta, o paciente que busca uma remoção de tatuagem deve ter em mente que o serviço envolve riscos como cicatrizes, queimaduras graves, discromias de pele e reações alérgicas.

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“É necessário exigir equipamentos que sejam cadastrados junto a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O dispositivo deve ser revisado pela empresa representante ao menos duas vezes por ano para que garanta o seu perfeito funcionamento e calibração”, informa Pincelli. “Dessa forma, conseguimos saber se a energia entregue pelo equipamento está dentro dos conformes pré-estabelecidos pelo fabricante”, complementa.

O mestrando de biofotônica e empresário à frente da Hell Tattoo também ressalta que é preciso redobrar os cuidados com equipamentos clandestinos – como os que são vendidos em sites de venda livre -, já que esse tipo de produto é restrito a profissionais médicos e biomédicos.

“Equipamentos sem procedência e profissionais não graduados representam 90% das intercorrências. A propósito, as queimaduras de pele praticadas por não profissionais e equipamentos clandestinos representam um perigo para a vida. Portanto, é necessário analisar muito bem antes de realizar o procedimento”, recomenda.

Para mais informações, basta acessar: https://helltattoo.com.br/