Vereadores aprovam auditoria no Grupo DME

Será aberta licitação para contratação de empresa

A presidenta da Mesa Diretora da Câmara Municipal, vereadora oposicionista Regina Cioffi (PPS), candidata à sucessão municipal, confirmou ontem que aquela Casa Legislativa vai realizar licitação para contratar uma empresa de auditoria com notório conhecimento no setor elétrico e em sociedades anônimas.

O objetivo é promover uma auditoria independente fiscal, contábil, financeira, operacional, patrimonial e de gestão na DME Poços de Caldas Participações S/A (holding) e suas subsidiárias DME Distribuição S/A e DME Energética S/A, em atendimento ao pedido formalizado por vários vereadores e aprovado pela maioria, na sessão ordinária semanal remunerada ocorrida nesta terça-feira, 16.

QUESTIONAMENTO
Além do requerimento de sua autoria em conjunto com o vereador oposicionista Tiago Cavelagna (DEM), que não disputa a reeleição deste ano, questionando os repasses de recursos financeiros das empresas do Grupo DME à administração direta, que é a única acionária direta, dois outros requerimentos relacionados ao DME, foram apresentados naquela mesma reunião e igualmente aprovados.

O primeiro, de autoria da vereadora oposicionista Zezé Scassiotti (PSDB), candidata à reeleição, solicitando informações sobre a ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 14 de junho passado, da DME Poços de Caldas Participações S.A., que autorizou os reajustes dos salários dos diretores e o outro, de autoria do vereador situacionista Paulo Tadeu (PT), candidato à reeleição, solicitando informações sobre a evolução do capital das empresas DME, DMEE e DMED.

PROPÓSITO
De acordo com a vereadora Regina, o objetivo de seu requerimento com Cavelagna, é “tentar” clarear a forma de como foi feito o repasse e a questão da mudança estatutária. Ele diz ter “informações oficiosas”, mas quer mais detalhes da forma como foi feito.

“Queremos saber, por exemplo, se estes repasses estavam provisionados em balancetes, porque foram em relação a 2014 e 2015, são os dividendos chamados intermediários”, salientou, observando, no entanto, que não está havendo nenhuma acusação de “ilegalidade ou coisa parecida”.

Ela considera que o Legislativo Municipal precisa de mais informações para dar respostas para a comunidade moradora, enfatizando que, “todos os vereadores estão sendo cobrados pela população de Poços  de Caldas em relação à anunciada retirada de R$ 60 milhões dos cofres do Grupo DME, parte do valor (R$ 35 milhões) já repassado aos cofres municipais e o restante já programado.