Sindicato diz que CEIs ultrapassam limite de alunos por professor

Professores estão atendendo, em média, 22 alunos por sala

Durante as constantes visitas que são realizadas aos Centros de Educação Infantil (CEIs) de Poços de Caldas, a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv) constatou que muitas salas de maternal l e ll estão com o número de crianças acima do permitido pela lei.

Quem confirma o excesso de alunos é a presidente do Sindserv, Marieta Carneiro. “Por diversas vezes entramos em contato com a secretária de Educação, através de ofícios, para que a mesma busque solucionar o problema, pois os professores, que deveriam atender de 12 a 15 crianças, estão atendendo, em média, 22”, disse.

LIMITE
De acordo com Marieta, o número limite de alunos está estabelecido na Lei 26, também conhecida como Estatuto do Magistério. “Este número foi pensado e estipulado pelos próprios especialistas em educação por entenderem que há limite para que o professor possa atender seus alunos sem gerar prejuízos ao processo educacional, além da sobrecarga de trabalho, que prejudica até mesmo a saúde do profissional”, afirma.

As visitas constantes nestes setores têm o intuito de evitar os abusos e explorações dos trabalhadores, e também de assegurar que tenham condições dignas para exercerem suas atividades.

“Verificamos ainda se há EPIs (equipamento de proteção individual) e materiais básicos para que os professores, berçaristas e ADIs (auxiliares de desenvolvimento infantil) consigam realizar com responsabilidade seus deveres, oferecendo conforto, proteção e educação de qualidade para as crianças que são atendidas”, relata Marieta.

AUMENTO
O Sindicato recebeu informações de que o número de crianças aumentará ainda mais durante o período de recesso, pois a metade dos CEIs estarão fechados e algumas crianças serão remanejados para as unidades que estarão de plantão.

Por fim, o Sindicato agora aguarda respostas da Secretaria Municipal de Educação, a respeito das medidas que estão sendo adotadas para corrigir estas distorções. “Entendemos a necessidade de se abrir novas vagas nos CEIs, mas não podem, de forma alguma, permanecer superlotados e oferecendo riscos às crianças e aos profissionais”, completa.