Acusado de dar tiro no rosto de jovem é preso

Polícia Civil cumpriu mandado de prisão temporária contra autor do disparo

Vilmar Roberto Gouvêa, 29, acusado de dar um tiro no rosto de Andrew Luis de Araujo Soares, 23, no sábado à noite, 6, no Jardim Paraíso, em Poços de Caldas, foi preso pela Polícia Civil.

O acusado se apresentou na Delegacia de Polícia Civil 72 horas após a tentativa de homicídio. Ele admitiu ter sido o autor do tiro no rosto de Andrew. Como já havia passado o período para se fazer prisão em flagrante, ele acabou sendo liberado, mas a Polícia Civil solicitou um mandado de prisão temporária na Justiça, que foi expedido no fim da tarde de terça-feira, 10. O prazo é de 30 dias.

De posse do mandado, a Polícia Civil fez a prisão de Vilmar, que estava na casa dos pais, localizada na rua Nico Duarte, na Vila Cruz. Após ser preso, ele foi levado à Delegacia e na sequência, encaminhado ao Presídio de Poços de Caldas.

Ao se apresentar pela primeira vez, Vilmar admitiu a autoria do disparo, mas não entregou a arma de fogo utilizada no delito, pois alegou a dispensou após a fugir da residência de Adrielle Romão, 23, local onde foi efetuado o disparo após ele encontrar a ex-companheira e Andrew no local.

Depois de ter sido preso, Vilmar insistiu na tese de que a arma utilizada no crime foi dispensada, mas ele não soube informar ao certo o local onde isto ocorreu. O delegado Cleyson Rodrigo Brene, que está conduzindo as investigações, disse que será preciso realizar novas diligências, pois Vilmar, apesar da confissão, não deu muitas informações sobre o ocorrido.

A Polícia Civil tem a informação de que após o crime, Vilmar fugiu para São Sebastião da Grama, abandonando o carro na vizinha cidade paulista. Depois, ele voltou para Poços. Diante das informações insuficientes, um novo interrogatório ser realizado.

O delegado trabalha com a hipótese de crime passional, por conta do ciúmes de Vilmar em relação à sua ex-companheira, de quem está separado há cerca de sete meses. Ambos tem uma filha de dois anos.

Se durante o período de prisão temporária as investigações não forem concluídas, a Polícia Civil poderá pedir à Justiça que a prisão preventiva do acusado.

Andrew segue internado na Santa Casa, em coma induzido. O tiro quebrou o maxilar e dilacerou a língua.